De Vila do Conde a Dulombi numa Ford Transit foi, com toda a certeza, a viagem de uma vida. Uma experiência incrível, surreal! São as pessoas que fazem os lugares e Dulombi é uma aldeia bonita, bondosa e afável. Sou um privilegiado por ter participado no início da construção do jardim de infância com o Sr. Fernando Ramos e ter conhecido imensos voluntários que, nos dias de hoje, vivem diariamente no meu pensamento. Até já, Dulombi.
Dulombi é uma experiência de voluntariado sério e comprometido, com o objetivo de ajudar as crianças e os habitantes da aldeia a terem acesso a um futuro mais esperançoso. A viagem terrestre que vivi é extraordinária. O deserto na Mauritânia deixa qualquer um sem palavras perante a sua beleza e imensidão. Na passagem pelo orfanato NAD para a entrega de bens, vivenciei a importância desta Missão perante o acolhimento caloroso e pelos sorrisos das crianças.
Da viagem com os meus companheiros. A partilha e companheirismo. A dureza da condução e sensação de leveza. A lição de humildade e simplicidade. A saudade. Inexplicável talvez seja a palavra que mais se adequa quanto tento falar do que se viveu aqui. É algo tão fácil e tão difícil, é uma experiência desafiante, mas repleta de amor daqueles com quem nos cruzamos, que são felizes no mundo que lhes é familiar. É impossível não nos apaixonarmos por Dulombi.
Ir a Dulombi foi sair completamente da minha zona de conforto e ainda assim sentir-me em casa.
Quem vai a Dulombi, torna-se “filho” de Dulombi, ouvi dizer isso quando lá estive na 23ª expedição e é tudo verdade. Esta terra maravilhosa num país muito, muito pobre, o sorriso das crianças e dos voluntários nunca mais esquecerei! Expedição fantástica, passando pelo orfanato da Mauritânia, local que nunca mais esquecerei. Já a contar os dias para a 26ª expedição em que vou novamente participar. Um bem haja amigo Gil.
Em 2021 vivi pela primeira vez a experiência mais indescritível da minha vida! Algo tão intenso que se tornou “obrigatório” repetir! Dulombi, e tudo o que esta expedição envolve, transforma-nos e deixa saudade.
Foi em novembro de 2023 que embarquei em direção a Dulombi, uma viagem de carro num completo desconhecido. Foram dias cheios de altos e baixos, e tantos desafios pelo caminho. Conheci pessoas magníficas e com o coração do tamanho do mundo. Às vezes dou por mim a pensar que deixei um pouco de mim, mas trouxe tanto daquela gente. Saudades dos miúdos e de toda aquela simplicidade.
A essência da vida fica ali à nossa frente, no quotidiano, naquele lugar singelo, de gentes graciosas onde não há fartura mas o afeto transborda nos corações. Que saudades daquele povo, de pessoas sábias como o Uri, do olhar alegre e sorrisos fáceis das crianças, da perseverança dos jovens como o Amadu. Que sentimento genuíno de troca de dons. É assim Dulombi no meio da selva, onde a lua aparece e os rituais de danças e cantares fazem-nos viajar aos nossos antepassados.
Fazer voluntariado teve um enorme impacto em mim, pela experiência social, pela viagem e pelo crescimento individual. Muito positivo. Ver o projeto crescer, abrir portas a um infantário e acompanhar os planos futuros. Muito há a fazer, e os sorrisos são a melhor retribuição que um voluntário pode obter. Uma experiência a repetir!
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